Observação da Natureza – orquídeas selvagens no barrocal algarvio, de 17 a 19 de abril

O CCD de Lisboa leva-o a São Brás de Alportel e ao barrocal algarvio, num passeio que vai incluir uma iniciativa de observação da Natureza, para dar a conhecer as orquídeas selvagens da região. É nos dias 17, 18 e 19 de abril e as inscrições estão abertas até dia 27 de março.

 

Programa

17 de abril, sexta feira

13h30 Comparência na Alameda D. Afonso Henriques em Lisboa (frente à Fonte Luminosa)

14h00 Saída de Lisboa em direção ao Algarve

19h00 – Alojamento e jantar no Hotel

 

18 de abril, sábado

9h30 – Visitas pela Vila de São Brás de Alportel:   

  • Mercado Municipal com participação em Workshop Gastronómico (a confirmar);
  • Paços do Concelho;
  • Igreja Matriz;
  • Biblioteca Municipal;
  • Centro de Artes e Ofícios;
  • Jardim da Verbena;
  • Lavadouro e Fonte Nova;
  • Centro Explicativo e de Acolhimento da Calçadinha de São Brás de Alportel;

13h00 – Almoço no Restaurante Zé Dias;   

15h00 – Visita a Lagar de Azeite e Destilaria de Aguardente, com degustação;

16h30 – Visita ao Museu Etnográfico do Trajo Algarvio;

20h00 – Jantar no Hotel e animação;

 

19 de abril, domingo

9h30 – Saída para Querença – Fonte da Benémola. Caminhada de cerca de 6 km (ida e volta) para observação
                das orquídeas selvagens existentes no barrocal algarvio.

13h00 – Almoço típico na Casa do Povo de Querença;

15h00 – Regresso a Lisboa

 

PREÇO POR PARTICIPANTE
EM QUARTO DUPLO 
Pagamento

3 vezes

 

Pagamento

6 vezes 

 

Pagamento

12 vezes

 

Sócios + 1 Familiar  “1º Grau”
(cada)
 
190,00€

 

215,00€

 

240,00€

 

Sócios Auxiliares + 1 Familiar “1º Grau” (cada)

 

215,00€

 

240,00€

 

265,00€

 

Acompanhantes
(cada)
235,00€ 260,00€ 285,00€

 

 

O preço inclui:

 – 2 noites de alojamento em meia pensão (pequeno-almoço e jantar);

 – 2 almoços;

 – Animação de sábado à noite;

 – Visitas

 – Transporte

Devido às limitações da unidade hoteleira, as inscrições serão feitas por ordem de chegada e de acordo com as tipologias disponíveis.

 

Responsabilidade

  • O CCD declina a sua responsabilidade, se os participantes não estiverem presentes à hora indicada para a partida.

Bagagem

  • A bagagem e demais artigos pessoais são transportados por conta e risco do próprio, independentemente da parte do veículo em que sejam colocados, devendo estar sempre presente em todas as cargas e descargas.

Alterações

  • Sempre que exista razão de força maior que o justifique, a entidade organizadora poderá alterar a ordem dos percursos, modificar os horários ou substituir qualquer dos hotéis previstos por outros de categoria similar.

 

 

Informações sobre os locais a visitar:

 

São Brás de Alportel

A Vila
São Brás de Alportel é uma pacata vila Algarvia, sede de concelho, situado entre a fertilidade dos solos do interior Algarvio e as muito frequentadas praias da zona costeira mais turística do País, caracterizada também pela indústria corticeira que aqui muito se tem desenvolvido ao longo dos tempos.

São Brás de Alportel encanta com a sua arquitetura tradicional, de casario branco com a típica chaminé rendilhada algarvia, lado a lado com o antigo e o novo.
São Brás já seria uma importante povoação por alturas da ocupação Mourisca da região, tendo perdido algum do seu peso durante a idade média. Já no século XIX a localidade desenvolve-se fortemente devido às muitas plantações de sobreiros que incentivaram o desenvolvimento comercial e fizeram do município o maior produtor de cortiça do País. Contudo, devido à transferência da produção de cortiça para o interior e Norte do país, a cidade viu-se obrigada a diversificar a sua economia nas últimas décadas.

A vila orgulha-se do seu bonito Centro Histórico e do seu rico Património com monumentos como a Igreja Matriz construída sobre um anterior edifício do século XV mas reconstruída após o terramoto de 1755, e com posterior ampliação no século XIX; o Antigo Paço Episcopal construído nos séculos XVII e XVIII para os bispos do Algarve como local de refúgio dos calores de Verão, muito alterado nos séculos XIX e XX, restando da estrutura original apenas parte do edifício principal e uma Fonte de oito bicas; as próximas Ermidas de São Romão (origem do século XVI) e de Alportel com um interessante Parque de Merendas bem perto.
Muito interessante é o Museu Etnográfico do Trajo Algarvio e Casa da Cultura António Bentes, instalado num edifício senhorial de um Senhor da Cortiça do século XIX, albergando hoje em dia uma importante mostra dos trajos característicos do Algarve nos séculos XIX e XX, incluindo também um núcleo de escultura religiosa popular, veículos e instrumentos agrícolas da região e uma exposição dedicada à grande indústria corticeira.

No Domingo de Páscoa, a vila enche-se de cor e flores com a Procissão de Aleluia, uma das mais bonitas do Algarve, com origens no século XVII.

Outros dos atrativos turísticos da região é a “Rota da Cortiça”, onde se pode conhecer melhor a influência desta importante indústria por toda a região.

 

 

Museu Etnográfico do Trajo Algarvio

O Museu do Traje de São Brás de Alportel ocupa uma área de 5000 m2. O edifício senhorial que ao longo dos últimos 130 anos foi moradia das famílias Dias, Andrade e Sancho, encontra-se rodeado por infraestruturas que satisfaziam as necessidades de uma família abastada de finais do século XIX: casa de criados, mirante, cavalariças, cocheira, oficinas, casas agrícolas e horta. Aqui e ali os equipamentos indispensáveis à vida: poço e nora, moinho de vento, depósitos de água, cisterna, tanque de lavagens, canais de rega…

Embora de nítida influência urbana, o edifício retrata o modo de vida de uma família rural e endinheirada do interior algarvio. Os ventos de um romantismo tardio que soprou pelo Algarve durante as últimas décadas de oitocentos, deixaram em São Brás de Alportel este testemunho: pátios interiores, linhas neo-árabes, recantos, reixas, portas rematadas em forma de ferradura.

Hoje, os tempos mudaram e como espaço museológico, este conhece um novo uso e diferentes funcionalidades. Há poucos anos, um novo edifício de traço contemporâneo, veio integrar-se na mescla de visões e influências que já existia. O lugar, esse, ganhou um novo fôlego ao abrir as portas a todos, sendo vivido pelas pessoas da terra como ponto de encontro de pessoas e de ideias.

 

 

Calçadinha de São Brás de Alportel

A chamada “Calçadinha” de São Brás de Alportel, na região Algarvia, seria outrora uma via que integraria a importante rede viária Romana, partindo de Ossónoba (Faro) para Norte, em direção a Pax Júlia (Beja).

Hoje em dia restam conservados dois troços da via numa extensão total de 1.480 metros, separados entre si por alguns metros outrora pavimentados, mas hoje danificados. A via encontrar-se-ia calcetada de modo a vencer os obstáculos naturais, em zonas de declive acentuado com solos de difícil trânsito e irregulares, muitas vezes agravados com as mais diversas intempéries

Nos arredores da calçadinha foram encontrados alguns vestígios arqueológicos do período de ocupação Romana da região, datados entre finais do século I ao século IV ou V d.C., que são atribuídos a uma estação viária para paragens de descanso e trocas de bens ou cavalaria.

Para uma melhor compreensão e divulgação da importância deste bem histórico e patrimonial, foi criado o Centro Explicativo e de Acolhimento da Calçadinha de São Brás de Alportel.
O Centro, que visa não só promover a “Calçadinha”, mas todo o património arqueológico da região de São Brás de Alportel, conta com uma sala de exposição permanente sobre a

Calçadinha, uma sala polivalente para exposições temáticas, um espaço de estudo e investigação e um gabinete técnico, contando no exterior com uma aprazível área verde de lazer e um espaço reservado à realização das mais diversas atividades.

A Calçadinha constitui também um agradável percurso pedestre, com cerca de 5km de extensão. Para aceder ao percurso pode-se partir próximo da Igreja no centro histórico a cerca de 700 metros de distância da calçadinha propriamente dita e embrenhar pelos caminhos da história.

 

 

Igreja Matriz

As origens deste templo remontam, provavelmente, ao séc. XV. No entanto, só nos princípios do século seguinte surgem as primeiras referências documentais, referindo o Visitador da Ordem de Santiago em 1518 “que os fregueses e moradores da dita Igreja a fizeram e edificaram de novo”. Em 1554, foi reedificada, passando a ter três naves e cinco tramos, com arcarias plenos assentes em colunas de cantaria com capitéis toscanos.

O terramoto de 1755 causou-lhe danos consideráveis. Uma nova campanha de obras ocorreu em 1799, acrescentando-se mais um tramo e construindo-se um novo frontispício. Em 1875, efectuou-se o último acrescentamento deste templo. Desta vez destruiu-se a capela-mor levantando-se um largo transepto, uma nova ousia, sacristia e diversas arrecadações.

O portal lateral de acesso ao exterior, situado no lado do evangelho, é de calcário e destaca-se o desenho da moldura, ao gosto tardo barroco com lacrimais nas ombreiras e verga arqueada, rematada por um friso interrompido, é o testemunho da campanha executada após o terramoto de 1755. De realçar o eixo marcado pelo portal de entrada, pelo janelão com remate triangular e por um expressivo frontão que se insere no barroco tardio, onde pontuam, entre outros elementos, as urnas funerárias.

No baptistério encontra-se um retábulo em mármore, que segue o formulário neoclássico. Trata-se de um exemplar de grande qualidade e pouco frequente na região algarvia, pois são raros os retábulos em mármore.

Na capela-mor estão colocadas quatro telas seiscentistas pintadas, numa delas está representada a Santíssima Trindade. Digno de nota são três esculturas que representam o arcanjo São Miguel, São Libório e Santa Eulália, todas seiscentistas. O templo encontra-se enquadrado num agradável jardim em socalcos.

 

 

Querença

É uma localidade portuguesa do concelho de Loulé, com 33,66 km² de área e 759 habitantes (2011). Densidade: 22,5 hab/km². Toda a sua área está inserida na Rede Natura 2000.

Querença situa-se num monte que dá o nome à povoação, que já pode caracterizar-se pela transição entre o Barrocal e a Serra. As casas descem pela encosta em todas as direções, situando-se no alto a Igreja Nossa Senhora da Assunção, também conhecida pela Igreja Matriz. A Aldeia é conhecida pela sua destilação do medronho e o chouriço, para além de outras tipicidades. A Festa das Chouriças constitui um dos pontos mais altos das festividades que, se realizam anualmente, no mês de Janeiro (3º. Domingo).

Em Querença, encontramos:

  • Uma gastronomia típica, preservada pelos restaurantes locais. São pratos típicos de Querença, entre outros, a Galinha Cerejada, o Galo de Cabidela e o Xerém (as papas do milho, tradicional do Algarve).
  • Artesãos, trabalhando, principalmente, em palma (empreita), cana (cestaria) e bonecos de tecidos;
  • Licores artesanais, sendo produzidos em mais de 16 variedades;
  • Mel, com origem na maior variedade de flores da bacia mediterrânica.

Outras atrações turísticas são:

  • Os vales das Mercês e da Benémola, este inserido numa área, em via de classificação de Monumento Natural, anteriormente “área protegida da Fonte da Benémola”;
  • Riquíssima flora mediterrânica;
  • Fontes tradicionais:
  • Passeios temáticos (pedonais).

 

 

Fonte da Benémola e Orquídeas Selvagens do Algarve
Delicadeza, cor e muita beleza

As delicadas orquídeas selvagens do Algarve florescem e deixam-se admirar por quem escolher passear e observar a natureza no início da primavera.

As orquídeas são um tesouro frágil e precioso. A sua existência pressupõe um delicado equilíbrio ecológico, e muitas delas não suportam ser colhidas.

Como uma preciosidade, as orquídeas selvagens são para ser admiradas como parte integrante da paisagem, onde devem permanecer intocáveis, para que no próximo ano possam florir e no futuro continuem a existir.

Um dos locais mais belos para se descobrirem várias espécies de orquídeas é o Sítio das Fontes, em Estômbar, próximo de Lagoa. Aí será fácil encontrar a “flor do enforcado”, uma das espécies algarvias mais bonitas, ou uma outra que em tudo se assemelha a um inseto, atraindo, assim, os verdadeiros bichos que lhes facilitam a polinização.

O acesso ao castelo de Paderne, em Albufeira, que se inicia junto a um açude de moinho, é mais um dos sítios onde vale a pena procurá-las.

Já mais perto de Loulé, a caminho do Sítio de Benémola, integrado nos Sítios Húmidos classificados pela Rede Natura, nas margens da Ribeira da Malvana, por entre freixos e canaviais, também existem orquídeas.

Um pouco mais selvagem, mas compensando o isolamento com uma paisagem ímpar, o Sítio da Rocha da Pena é outro esconderijo destas flores.

 

Lisboa, 14 de fevereiro de 2020
A Direção

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